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Vale da Veiga

Foto: Foz Côa Friends

Estação e Foz do Côa

30 de Junho de 2012

Foto: Foz Côa Friends

Paisagem avistada junto ao Castelo Velho - Freixo de Numão

26 de Maio de 2012

Foto: Foz Côa Friends

II Passeio pedonal pela Linha do Douro

Quinta abandonada - Almendra

Foto: Foz Côa Friends

II Passeio pedonal pela Linha do Douro

Rebanho nas proximidades da Srª do Campo - Almendra

Foto: Foz Côa Friends

Terrincas

Amêndoas verdes

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Rio Douro próximo da estação de Freixo de Numão / Mós do Douro

Foto: Foz Côa Friends

Linha do Douro

Viaduto da Linha do Douro no Vale Canivães entre o Pocinho e a foz do Côa.

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho

Vista geral sobre o Pocinho a partir do santuário da Srª da Veiga.

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho

Um dos muitos pombais existentes na região.

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Onde o Côa e o Douro se abraçam.

Foto: Pedro Pego

Foz do Côa

Onde o Côa e o Douro se abraçam.

Foto: Foz Côa Friends

Foz Côa

Lagoa

Foto: Foto Felizes

Flor de Amendoeira

Foto: Foz Côa Friends

Igreja matriz de Almendra.

Templo do séc. XVI em estilo manuelino e maneirista.

Foto: Fernando Peneiras

Pelourinho de Almendra

De acordo com a sua feição quinhentista, o pelourinho datará dos anos seguintes à atribuição do foral manuelino em 1510.

Foto: Fernando Peneiras

Foz Côa

Câmara Municipal e Pelourinho

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho e Cortes da Veiga

Vista geral

Foto: Adriano Ferreira

Quinta da Ervamoira

Foto: Adriano Ferreira

Foz Côa

Amendoeiras floridas

Foto: Adriano Ferreira

Foz Côa

Floração da amendoeira.

Foto: Adriano Ferreira

Túnel das Pariças

Linha do Douro - Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Nevoeiro sobre a foz do Côa.

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Saião (Pocinho)

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Linha do Douro - Caseta

Próximo do Côa

Foto: Foz Côa Friends

Foz Ribeira Aguiar

Próximo da estação de Castelo Melhor

Azulejos

Estação de CF do Pocinho

Manifestação pela reabertura da Linha

Porto

Foto: Foz Côa Friends

Castelo de Numão

Foto: Foz Côa Friends

Capela do Anjo S. Gabriel

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Concerto no Museu do Côa

Foto: Foz Côa Friends

Figos e Amêndoas

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Foto: Filipe Inteiro

Orgal

Foto: Foz Côa Friends

31 março 2012

“Douro é a melhor ligação ferroviária de Leixões à Europa.”

Manifestação na praça Humberto Delgado (Porto) 
pela reabertura da linha Pocinho-Barca d'Alva em 2 de julho de 2011 


Pires da Fonseca, ex-administrador da CP 

“A minha primeira missão na CP foi fechar linhas” 
30.03.2012 - 20:15 Por Carlos Cipriano


Antigo administrador da CP diz que foi um erro ter-se encerrado a linha do Pocinho a Barca de Alva porque 25 anos depois redescobre-se que o vale do Douro é a melhor ligação ferroviária de Leixões à Europa. No congresso dos transportes, que hoje se encerrou em Lisboa, carpiram-se as indecisões e os investimentos mal feitos nos últimos anos e deram-se sugestões para a sustentabilidade de um sector endividado. 

José Pires da Fonseca, ex-administrador da CP, contou que a primeira coisa que fez quando entrou na empresa como jovem quadro foi ajudar a fechar a linha do Douro, do Pocinho até à fronteira de Barca de Alva. Mas reconhece que, à luz do debate actual das ligações a Espanha e à Europa, isso foi um erro. 

“Abandonar infra-estruturas de ligação ao país vizinho é o pior que se pode fazer”, disse, estimando que se aquele troço custasse 1 milhão de euros por ano, 25 anos depois, os 25 milhões de euros gastos teriam valido a pena porque Portugal manteria aberta uma ligação ferroviária de Leixões à Europa pelo caminho mais curto. 

O agora administrador da Transdev diz que a linha do Douro é decisiva para a exploração do minério de Moncorvo porque, para as empresas mineiras, a logística do escoamento do minério é mais importante do que as minas propriamente ditas. Daí a sugestão para que se estudasse a reabertura daquela linha. 

Houve mais sugestões. Numa mesa redonda que procurou responder à pergunta “É possível uma ferrovia sustentável?”, os especialistas referiram que há investimentos relativamente baratos que podem ter grande impacto na rede ferroviária nacional. É o caso da modernização dos troços Nine – Viana do Castelo e Caíde – Marco de Canavezes, bem como, na perspectiva das mercadorias, a eliminação de rampas que limitam a capacidade de carga dos comboios.

(…) 

Noticia completa em: Jornal Público

30 março 2012

Nova imagem do Blog Foz Côa Friends


O Blogue da associação Foz Côa Friends tem nova imagem.



Passado mais de um ano desde a criação deste Blogue impunha-se uma renovação de imagem que desse maior destaque aos conteúdos que aqui se publicam.


Tendo em conta que se trata do Blogue oficial da associação Foz Côa Friends foi disponibilizada informação sobre os estatutos e orgãos sociais desta associação acessível através das opções do novo menu:


A imagem é um meio poderoso de comunicação e divulgação do Concelho e por isso ocupa lugar de destaque:


A navegação pelos conteúdos do Blogue fica mais fácil pois ficou concentrada na mesma área.
Nesta área tem 3 pastas à disposição onde pode pesquisar a informação de 3 formas diferentes: Artigos em Destaque, Arquivo e por Tema.
Experimente clicar nestas pastas e navegue da forma que achar mais cómoda.


Caso não consiga encontrar o que procura tente também a caixa de pesquisa:


Continuamos a ter o quadro de seguidores do Blogue. Junte-se a nós clicando no botão disponível para o efeito.
Temos também um quadro de notícias de interesse local e regional.


Na nossa lista de Blogues encontrará alguns links para Blogues de interesse local ou regional, alguns deles amigos deste Blogue.


A nossa lista de ligações encaminha-o para páginas que poderão vir a servir-lhe em qualquer momento ou que lhe poderão proporcionar momentos de leitura agradável.


Se vem a caminho da nossa terra não deixe de consultar o Blogue pois na secção de rodapé poderá ficar com uma ideia do tempo que faz e fará em Foz Côa.
Se vai ficar por casa consulte também pois também há música para ouvir.


Se vive no estrangeiro e quer mostrar as notícias da sua terra aos amigos pode optar pela tradução automática dos conteúdos do blogue usando o tradutor da Google:


Finalmente mas não menos importante, a área do Blogue dedicada às publicações foi reformulada passando a exibir um resumo das últimas publicações às quais pode aceder através do botão "LER MAIS".



Esperamos que esta renovação agrade aos nossos leitores sendo certo que, a breve trecho, haverá mais novidades.

Diga-nos o que pensa da nova imagem do Blogue. Publique o seu comentário ou contacte-nos pelos endereços de correio electrónico que constam na secção de contactos.

Trabalhos de Adventino Fachada


De 2 a 29 de Abril

Sinopse
Adventino Fachada, autodidacta que desde muito cedo, (já na escola primária) descobriu o gosto pelo desenho, que entretanto, ficou esquecido devido á sua vida profissional. Tendo actualmente mais tempo disponível, dá-nos a conhecer o seu trabalho, procurando recordar e retratar vivências antigas da sua cidade.


Autor: Adventino Fachada

Local: Sala de Exposições

Organização: Fozcôactiva E.E.M


28 março 2012

Pocinho - 1940

Um olhar de Orlando Ribeiro



Portugal - Luz e Sombra

O País depois de Orlando Ribeiro
Edição Círculo de Leitores/Temas e Debates



«Orlando Ribeiro fotografou exaustivamente o território português a partir de 1937. Durante quase cinco décadas fixou, pela imagem, o solo e as construções que nos rodeiam. Em 1985, quando arruma a sua câmara fotográfica, Portugal já entrara num processo de mudança que se tornava cada vez mais célere. Em 2011 voltámos a uma grande viagem que fora iniciada em Portugal – O Sabor da Terra e continuada em Portugal Património. Selecionámos um conjunto de fotografias do grande mestre da Geografia e regressámos aos mesmos exatos locais das suas tomadas de vista.
O que encontrámos não foram apenas alterações, mais ou menos significativas, de aspetos das paisagens e das arquitecturas, mas um tempo civilizacional diferente. Estas fotografias dão-nos conta, com fascínio e inquietação, do poder avassalador do tempo e das imparáveis construções humanas, na modelação da identidade de um povo.»


"Orlando Ribeiro fez esta fotografia sensivelmente a meio da ponte metálica que na altura era a única travessia que existia no local, entre as duas margens do Douro. A Ponte do Pocinho foi inaugurada a 4 de Julho de 1909, e servia o trânsito rodoviário, no tabuleiro inferior, e a linha ferroviária do Sabor, no tabuleiro superior. Com 315 metros de comprimento, é uma estrutura metálica imponente, mas que, atualmente, fechada a todo e qualquer atravessamento, sugere um destino similar ao que, tragicamente, aconteceu à Ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios. A Barragem do Pocinho, inexistente à data da fotografia de Orlando Ribeiro, foi construída entre 1978 e 1982, e serve o tráfego rodoviário. A Linha do Sabor, que ligava a Linha do Douro a Duas Igrejas, nas proximidades de Miranda do Douro, foi encerrada em 1988. (pp.82-83)"

O LIVRO


Ficha técnica
Título: Portugal - Luz e Sombra, O País depois de Orlando Ribeiro
Texto: Duarte Belo e excertos da obra de Orlando Ribeiro
Fotografias históricas de Orlando Ribeiro
Fotografias atuais, legendas, capa e maqueta: Duarte Belo
Editor: Círculo de Leitores/Temas e Debates - Rua Prof. Jorge da Silva Horta, nº1. 1500-499 Lisboa
Revisão: Pedro Ernesto Ferreira
Impressão: Bloco Gráfico Lda., Unidade Industrial da Maia
1.ª edição: fevereiro de 2012
ISBN (Temas e Debates): 978-989-644-186-9
Depósito legal (Temas e Debates): 338772/12
Dimensões: 16x24cm
Número de páginas: 320
Acabamento: capa cartonada (Círculo de Leitores); capa em cartolina com badanas (Temas e Debates)


24 março 2012

II Passeio Pedonal - Côa/Almendra

AS INSCRIÇÕES PODERÃO SER AINDA EFECTUADAS ATÉ AO DIA 31 DE MARÇO DE 2012


Chama-se a atenção dos participantes no II Passeio Pedonal de que devem efectuar as inscrições o mais rapidamente possível através do e-mail passeiopedonal@gmail.com ou directamente no Café Havaneza. Os interessados no almoço a servir na Srª do Campo devem transferir a quantia de (7 €) sete euros para a conta da Associação NIB:

003508850001802633008

Caso pretendam adquirir a camisola do evento devem transferir ainda (5 €) cinco euros para a mesma conta.

Só assim a organização poderá garantir uma actividade bem sucedida e com a qualidade pretendida.


PROGRAMA

Dia 7 de Abril de 2012

07.30h – Concentração na Praça do Município de V. N. de Foz Côa...

08.00 h – Transporte para a estação do Côa

08.30 h – Início da caminhada

11.00 h – Passagem (prevista) pela estação de Castelo Melhor

12.30 h – Chegada (prevista) à estação de Almendra e transporte para a Sra. do Campo

13.00 h – Almoço convívio na Sra. do Campo

14.00 h – Tarde recreativo-cultural (jogos tradicionais, danças, etc.)

16.00 h – Transporte para Castelo Melhor

16.30 h – Visitas ao Castelo, à Ala dos Namorados, Igreja Matriz e ao Centro de Recepção do Parque Arqueológico de C. Melhor

18.00 h – Transporte para Vila Nova de Foz Côa e fim da actividade

INSCRIÇÕES

Data limite das inscrições: até 25 de Março de 2012 (prolongada até dia 31 de Março de 2012)

Para o endereço: passeiopedonal@gmail.com ou directamente no Café Havaneza, Largo do Município, Vila Nova de Foz Côa

MODALIDADES DE INCRIÇÃO

GRÁTIS - inclui transportes, segurança , abastecimento de água e visitas.

7 € - inclui transportes, segurança, abastecimento de água, visitas e almoço (feijoada à transmontana ou lombo assado, arroz, vinho, água, sumos, pão e fruta).

5 € - Aquisição de camisola comemorativa do II Passeio:

OBS: Os interessados que optem pela modalidade de pagamento ou pretendam adquirir a camisola devem efectuar a transferência bancária no acto da inscrição para a conta NIB: 003508850001802633008 ou efectuar o pagamento, directamente no Café Havaneza, Largo do Município, Vila Nova de Foz Côa.



O Estrumalho


"Estrumalho"
 Participação no Desfile Etnográfico da XXXI Festa da Amendoeira em Flor 2012


O Estrumalho é um utensílio para caçar pássaros. É constituído por duas redes retangulares, em oposição central, com cerca de dois metros de comprimento por oitenta centímetros de largura, ligadas a uma corda abonada em cerca de dois metros em cada posição; uma parte é presa a uma ou mais pedras; da outra parte segue uma corda até à "cavana" de onde o caçador a puxa para "desarmar" o estrumalho e caçar os pássaros. A meio de cada rede existe a "bateca", um pau direito e redondo um pouco inferior à largura da rede, em que uma ponta está presa à corda e na outra há a cavilha (um prego grande que espeta e a prende no chão). A parte livre da rede, no comprimento, em volta do bebedouro, era firmada ao chão com pedras para não deixar fugir os pássaros. Entre as redes existe o caco, dispositivo com água onde se habituam os pássaros a beber. Molha-se a rede e a área anexa ao caco para a dissimular e atrair os pássaros desabituados. Caçava-se todos os pássaros que lá fossem beber, sendo especialmente recebidos as rolas, melros, pardais e outros tais. Armava-se o estrumalho com a tríplice finalidade de arranjar carne, rara no momento, para alimento da Família e por vezes para uma "tainada" de arromba, para limitar o excesso de aves que comiam os cereais e por puro aspeto lúdico. Era necessária muita habilidade para ter maior sucesso.

Com ou sem estrumalho, desejamos-lhes o maior sucesso.



"Estrumalho"
 Participação no Desfile Etnográfico da
 XXXI Festa da Amendoeira em Flor 2012
QUADRAS AO ESTRUMALHO


Estrumalho, estrumalhinho,
Te recordo com saudade!
Quantas vezes tu mataste
A fome da mocidade?!

Quem me dera que existisse
O estrumalho de outrora,
Pr’a caçar a vigarice
Dos pardalões de agora!

Puxa a corda, cai a rede!
Lá fica mais um pardal!
Hoje armam o estrumalho
Para caçar Portugal!

Mantém o olho aberto,
Não sejas pássaro caçado!
Anda pr’aí muito esperto
Que te quer estrumalhado!

Nesta engenhoca caía
O passarinho com sede.
Quem me dera ser estrumalho,
Pr’a caíres na minha rede!


José Ribeiro (Março de 2012)
Foz Côa Friends, Associação

22 março 2012

As Abelhinhas



Ganhemos todos 
ouvindo as abelhinhas 


 
A abelhinha, cujo nome provém do som semelhante ao emitido pelo voar da abelha, é um brinquedo e um jogo infantil. Enquanto brinquedo é-o na confeção e como divertimento apetecido da criança. Na confeção incorpora um cilindro de cana vulgar portuguesa de 2 a 10 centímetros de comprimento, um pedaço de carneira, um cabelo e um eixo. A cana, normalmente verde para ser mais pesada, é tapada de um lado, com a carneira ou uma pele de bacalhau porque era mais fácil de arranjar, bem esticada e atada à volta da cana. Na pele faz-se dois pequenos furos por onde passa um cabelo do rabo (cauda) de um burro, macho ou boi; os mais procurados eram os dos bois por serem os mais fortes; as extremidades do cabelo são atadas de forma a fazer uma "corrente". No cabelo é feita uma laçada, em sentido invertido ao ser-se direito ou esquerdo, de forma a ser ligada ao eixo; o eixo é um pau, geralmente de amendoeira, pela dureza e retidão, no qual é feito um decalque onde vai rodar o cabelo. Para lubrificar e emitir o som pretendido é necessário e indispensável muita saliva (cuspo em cima). Completada a confeção pode brincar-se ouvindo o som agradável das abelhas ou então fazer o jogo; a luta das abelhinhas. Cada criança tenta rebentar o fio (o cabelo) da outra; não é permitido " deitar-se ao cabelo", podendo apenas uma cana bater na outra; o que rebentar perde.
 "As Abelhinhas" Participação no Desfile Alegórico
da XXXI Festa da Amendoeira em Flor 2012

 "As Abelhinhas" Participação no Desfile Alegórico
 a XXXI Festa da Amendoeira em Flor 2012
Foz Côa Friends Associação

20 março 2012

Desfile (Cortejo) Etnográfico


O Desfile Etnográfico realizado a 11 de março, no âmbito da XXXI Festa da Amendoeira em Flor superou a melhor das expectativas, em número de participações, com cinquenta unidades motorizadas e apeadas, em número de Instituições/Entidades envolvidas, vinte e oito, e ainda no número de espectadores que se apinhou ao longo de todo o percurso. Foram milhares os visitantes que contemplaram e se envolveram consoante a abertura de diálogo das partes.

O trajeto, este ano encurtado devido às obras de requalificação ainda a decorrer na zona do Castelo, foi percorrido em escassa hora e meia.

A Associação Foz Côa Friends participou pela primeira vez neste evento, levando a público duas unidades: uma motorizada, com a representação de um “ Estrumalho”, e outra apeada, constituída por 18 “abelhinhas”, quinze jovens e três adultos, que fizeram zumbir a “ colmeia”, em vários tons.

Foram feitas cerca de cinquenta “abelhinhas” que distribuímos pelo público, mas se tivéssemos mil também não chegariam. 


Foram ainda distribuídas cerca de duas mil folhas A5 nas quais se apresentava o jogo, na sua forma e construção, acompanhado de um poema.

Uma terceira unidade, que representava “Ditos e Expressões/Usos/Costumes e História”, realizada por Ana Manso.


A classificação foi feita em três classes, A, B e C, a que correspondem respetivamente as quantias de €600, €450 e €350. As unidades apresentadas pela Associação Foz Côa Friends obtiveram as seguintes classificações: “As Abelhinhas” – Classe B; “Ditos e Expressões/Usos/Costumes e História” – Classe B e “ Estrumalho”- Classe C

A Associação empenhou-se na preparação e participação no Desfile com o relevante envolvimento de Eduardo Vicente, Zé Carlos Maximino, José Ribeiro, Hermínio Lemos, Adelino Marçal, José Constanço, José Carlos Farto, Milú Osório, Márcia Cabral, Paulo Afonso e José Lebreiro, a quem agradeço desde já, o seu empenho nesta tarefa.


Permitam-me sugerir pequenas alterações, que em meu entender poderão contribuir para que os futuros cortejos se tornem mais dinâmicos e atrativos: expondo-o mais compassadamente, com breves paragens ao longo do seu percurso permitindo uma maior interação com o público, distribuindo documentos explicativos se e sempre que necessário, tornando-se desta forma, um evento mais cultural e pedagógico.
Tempo, dar Tempo para saborear o excelente “ repasto”.

Até à XXXII Festa das Amendoeiras em Flor e contem connosco para integrar o próximo Cortejo Etnográfico de 2013

José Maurício Lebreiro

17 março 2012

Férias Ativas - Páscoa 2012




Criada marca Vale do Côa

Para distinguir produtos e serviços da região

A marca Vale do Côa vai passar a distinguir produtos e serviços daquela área territorial, no âmbito de um plano global de promoção e dinamização apoiado por fundos comunitários, disse nesta sexta-feira à agência Lusa fonte ligada ao projecto.

Rio Côa no concelho de Vila Nova de Foz Côa

Dulcineia Moura referiu que a nova insígnia será associada às gravuras rupestres (museu e Parque Arqueológico), ao Douro Vinhateiro, às aldeias históricas, aos castelos de fronteira, aos produtos endógenos, às tradições e manifestações religiosas.

Nascente do rio Côa - Serra das Mesas, Fóios (Sabugal)

"A marca Vale do Côa: um vale de património' pretende reforçar a identidade territorial do vale do Côa e fomentar o sentimento de pertença a esse território", explicou Dulcineia Catarina Moura, coordenadora da Associação Territórios do Côa, responsável pela estratégia de eficiência colectiva do PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos) Turismo e Património no Vale do Côa.

Segundo a dirigente, o plano global liderado por aquela associação com sede em Figueira de Castelo Rodrigo prevê um investimento global de 1,9 milhões de euros em projectos a realizar na região do Vale do Côa, em municípios dos distritos da Guarda e de Bragança.

Castelo de Numão

Dulcineia Moura referiu que a nova insígnia será associada às gravuras rupestres (museu e Parque Arqueológico), ao Douro Vinhateiro, às aldeias históricas, aos castelos de fronteira, aos produtos endógenos, às tradições e manifestações religiosas, entre outras áreas.

Gravura rupestre - Vale do Côa

A coordenadora da entidade responsável pela gestão e coordenação do PROVERE no Vale do Côa adiantou que o objectivo também passa por "entusiasmar os empresários, os produtores regionais e os promotores de alojamento em espaço rural a aderirem a este conceito", para terem mais-valias económicas.

Castelo do Sabugal

"Já temos propostas de aplicação da marca nos produtos regionais e existe uma proposta [de criação] do 'selo do Vale do Côa', cuja atribuição terá de ser muito criteriosa, para lhe associarmos o atributo de qualidade", acrescentou.

A responsável adiantou que o plano também prevê o desenvolvimento de projectos relacionados com a promoção das gravuras rupestres e de equipamentos turísticos.


Texto:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/criada-marca-vale-do-coa

16 março 2012

Exposição - Um olhar diferente sobre Trás-os-Montes


A mostra, do fotojornalista Rui Manuel Ferreira (http://www.ruimanuelferreira.com/) que reflecte o quotidiano e património transmontanos está patente no Centro Interpretativo de Numão, freguesia de Vila Nova de Foz Côa, de 17 de Março a 28 de Abril.



A mostra incide sobre o dia-a-dia de uma região, que, como refere o autor, «é, por vezes, esquecida pelos políticos, mas também por aqueles que um dia tiveram de partir em busca de melhores condições de vida».

Esta exposição pretende ser igualmente uma homenagem aos homens e mulheres que ficaram e que mantiveram a sua identidade e as suas tradições.

Composta por 25 fotografias a preto e branco, «Um olhar diferente sobre Trás-os-Montes» retrata temáticas relacionadas com a cultura imaterial e material daquela região, entre elas, a Festa dos Rapazes, em Baçal, o Cantar dos Reis, em Rebordaínhos, a Procissão da Nossa Senhora dos Montes Ermos, em Freixo de Espada à Cinta, as Lagaradas em Sabrosa, a vila manuelina de Freixo de Espada à Cinta vila, o castelo de Bragança e ainda algumas imagens das gentes transmontanas.

Quando falamos numa região referimo-nos ao processo de organização do espaço, analisada pelo viés cultural que permite visualizar uma gama de aspectos materiais e imateriais que perpassam o tempo e se materializam no espaço, como um legado cultural, que se manifesta através da descendência. Analisar uma região, é observar aspectos culturais, como a expressividade e a manifestação do sistema simbólico que acompanha cada sociedade em sua relação com o espaço e com os seus semelhantes. Salienta-se que, a identificação dos principais códigos culturais que emanam de cada grupo social.

Assim a exposição “Um olhar diferente sobre Trás-os-Montes” reflete um inventário do quotidiano de uma região, por vezes esquecida pelos políticos, mas também por aqueles que um dia tiveram de partir em busca de melhores condições de vida. Esta exposição pretende ser uma homenagem aos homens e mulheres que ficaram e que mantiveram a sua identidade, as suas tradições.

Esta exposição é organizada pelo Centro Interpretativo e pela Junta de Freguesia de Numão local onde o autor da exposição já realizou outra iniciativa:



Sobre o autor e a exposição:


Local: Centro Interpretativo de Numão
Horário:
Sábados e domingos: de 17 de Março a 28 Abril das 10h às 17h
De 2ª a 6ª: de 26 de Março a 9 de Abril das 14h às 17h

15 março 2012

Cortejo Etnográfico da XXXI Festa das Amendoeiras em Flor



Realizou-se no passado domingo, dia 11 de março, o cortejo etnográfico que habitualmente culmina com o encerramento da festa das amendoeiras. Aqui fica a reportagem e o testemunho do nosso amigo Adriano Ferreira, a quem agradecemos desde já a sua disponibilidade e empenho na divulgação deste evento anual da cidade de Foz Côa.




De Naumen ao Douro Vinhateiro - Passeio fotográfico


IMPORTANTE:
Devido às condições meteorológicas esta iniciativa teve de ser adiada.
A nova data é 28 de Abril às 10h.



O centro interpretativo e a junta de freguesia de Numão organizam no próximo dia 17 de Março (adiado devido às condições meteorológicas para 28 de Abril) um passeio de fotografia e observação da paisagem, um roteiro específico para os amantes da fotografia em espaço natural.

O passeio é realizado na freguesia de Numão (nas aldeias de Numão e Arnozelo) em pleno Douro Vinhateiro, os participantes serão acompanhadas por um técnico especializado na área da fotografia, que ao longo do percurso irá dar dicas sobre equipamentos, luz, enquadrarmentos, entre outras técnicas.

Através do aperfeiçoamento do olhar na arte de fotografar em caminhadas ecológicas, que a organização busca a conscientização que cada um de nós deve ter com preservação do meio ambiente.

Fonte:
http://naturlink.sapo.pt/Eventos/Visitas-e-Actividades/content/De-Naumen-ao-Douro-Vinhateiro-Passeio-fotografico?bl=1

13 março 2012

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA, 20 DE MARÇO 2012

CELEBRAÇÃO DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA, 20 DE MARÇO, 2012, AO NASCER DO SOL, NO SANTUÁRIO RUPESTRE DA PEDRA DA CABELEIRA - CHÃS - FOZ CÔA



Assista à entrada da Primavera, no recinto da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, no Monte dos Tambores, aldeia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa - Frente ao altar do referido calendário pré-histórico, pelas 07.00 da manhã. Junto ao qual poderá testemunhar a entrada dos raios solares atravessando a pequena cripta de nascente a poente, podendo assim contemplar momentos verdadeiramente esplendorosos e inesquecíveis.

Se puder, não deixe de estar presente - desta vez não está previsto nenhum programa especial, senão no solstício do verão, mas o lugar é já por si maravilhoso e o momento inesquecível, para dispensar outros festejos.


 
Vinde ver estes calmos e míticos lugares
repletos de silêncio, de solidão e de rocha,
povoados por ígneos perfis, fulminadas pedras,
que ora surgem isoladas e se destacam
nas vertentes rochosas, no cimo de duríssimas escarpas,
ora se amontoam, encasteladas, quase se diluem e confundem,
desfiguradas, por toda a vasta mancha acidentada,
tisnada e calva, da erma paisagem!

Vinde, pois, estender o vosso olhar sobre os grande espaços abertos,
onde as mais poderosas energias da terra e do cosmos
se fundem e expandem, subtilmente,
vos saúdam e acolhem, alegremente,
para que, assim, bem recebidos,
nos altares destes puríssimos ares,
possais contemplar o que é divino,
aquilo que, a todos, fala a linguagem da imortalidade,
- silenciosa voz das coisas sublimes,
dádiva generosa que, a todos
por igual, nos é oferecida!

Jorge Trabulo

12 março 2012

II Passeio pedonal pela Linha entre as estações do Côa e Almendra


Mais um excelente contributo do amigo Adriano Ferreira para a divulgação do II passeio pedonal pela Linha do Douro entre as estações do Côa e Almendra.

Bem haja!




O II passeio pela Linha é um evento organizado pela Associação Foz Côa Friends.

Na página que a seguir se indica poderá encontrar o programa do passeio:
http://fozcoafriends.blogspot.com/2012/02/ii-passeio-pedonal-pela-linha-do-douro.html

06 março 2012

III - A Barca do Douro, o Porto do Seixo e a Veiga de Santa Maria

PARTE III

Barca de Passagem

O porto e barca do Douro

A mais antiga referência que deles conhecemos, data de 1273, quando D. Afonso III intervém e decide pela "meiadade" da veiga de Santa Maria (Monte Meão) mas, no que ao porto e barca respeita, assim como aos direitos e pertenças a eles inerentes, a sua propriedade seria de Santa Cruz, de que Moncorvo é herdeiro.

De D. Dinis, há referências de uma sua carta, para a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo em 1289, onde se fala da barca; sabe-se que, em 22 de Julho de 1302, o monarca analisara as razões apresentadas pelos procuradores de ambos os Concelhos “sobrelo porto do seixo que e antre essas uillas em no rio de doiro e sobrela barca e nauaagem desse rio”, argumentando o de VNFC terem direito a “meiadade' uma vez que a barca aportava no seu termo, ao que contrapunha o de TM, dizendo “que a barca que andava en no ryo de susodicto delo porto velho ata cerca do porto do seixo e ata direito do Peredo que era seu termho tambem o porto do ryo come a barca que en ele andava. E que essa barca aportaua da hua e da outra parte en no termho da dita uila da torre de Meem Corvo”, ao que o rei, depois de ouvidas estas e muitas outras razões das partes envolvidas “mandej sobresto fazer enqueriçom".

A sentença aponta “que dello porto velho ata dereito do Paredo e termho da Torre de Meem Corvo tambem da huma parte comme da outra do dito rio de Doiro e que era seu de direito o porto e a barca e a navaagem e que as ouverom senpre por suas”.

Ora, pelo exposto, se vê que TM considerava ambas as margens do Douro como parte integrante do seu termo, o que viu confirmado pelo rei.

O procurador de VNFC apelou da sentença mas os Ouvidores da Corte confirmaram-na, condenando o monarca “o dito concelho de uila noua de Fozcoa em sessenta libras de custas de toda esta demanda” e mandatando os juízes de TM para que procedessem à sua execução através da venda de bens móveis, ou até imóveis, de VNFC, com o aviso de que, se estes a não acatassem lhe seriam “peitados" 500 soldos.

Através do estudo da documentação medieval para este assunto, se infere que o porto do Douro nesta região, por esta altura, já havia sido transferido da foz do rio Sabor, rio que tem a sua confluência no Douro em frente à parte mais setentrional da península do Monte Meão, 3.750 m para montante, próximo do sítio onde foi construída nos inícios do presente século, a ponte ferroviária da Linha do Sabor; a designação de “porto velho”, indicia isso mesmo, aliás corroborada pelos topónimos Barca Velha e Rego da Barca, com sua localização nessa zona da Vilariça.

Foz do Sabor e Vale da Vilariça 

Por outro lado, julgamos esclarecer que, quando os documentos referem “porto do Douro” a partir de finais do seculo XIII / inícios do XIV, localizam-no sempre no Pocinho, topónimo que só surge por finais do século XVIII, sendo esse o denominado “Porto do Seixo“, uma vez que ainda nos inícios do século XIX, apesar das muitas tentativas e algumas realizações no sentido de melhorar as condições de navegabilidade do Douro, permaneciam nessa zona do Rio várias fragas, uma das quais se destacava pelo seu tamanho, como poderemos verificar através da leitura da “Tarifa dos Direitos de Passagem nas Barcas do Pocinho e Bouça, Rio Douro e Mais Barcas do Concelho”, isto é, a tabela de preços aprovada em sessão da Câmara de TM em 8 de Dezembro de 1894, revista e actualizada em 1 de Janeiro de 1906; fraga essa que servia para determinar os preços da passagem, pois se ficasse submersa, significava enchente, o que aumentava para o dobro a taxa cobrada pelo barqueiro. Por esta tabela de preços, se poderá igualmente concluir que o porto primitivo, se conheceu também pela designação de Barca Velha ou da Bouça; o porto do Peredo, esse localizava-se no termo da freguesia do Peredo dos Castelhanos, em frente à confluência do Côa com o Douro, vindo posteriormente no local a ser instalada uma barca de passagem, conhecida por Barca do Côa porque andava nos dois rios.

A alusão que acabamos de fazer quanto à localização do primitivo porto, é reforçada pela existência de uma estrada ao longo do vale da Vilariça, revelada por documentos emanados por D. Afonso V.

Os que viajavam do Sul do Douro, para terras a Norte da Vilariça, Bragança por exemplo (ou vice-versa), preferiam esse percurso, a terem que fazer o desvio pela vila de TM, evitando assim toda aquela acidentada ladeira, onde ainda em 1609, um viajante dizia que “Da barqua a Moncorvo há hua legoa de asperrimo, e trabalhoso caminho por sima de picos de montes mui estreitos, e perigosos”, o que pode explicar a antiguidade dessa via e a localização mais antiga do porto.

A pouca apetência dos viandantes em fazerem caminho pela Vila quando a sua jornada o não exigia, acontecia também com os que, atravessando o Douro (no porto do Seixo), pudessem utilizar o “Caminho do Peredo”, preferindo-o, apesar de igualmente defeso; e nesta apetência não está implícita a intenção de fuga à portagem, pois ela era paga, só que a um particular.


Naturalmente que o declínio da vila de Santa Cruz, provocado pela transferência da sede do Concelho para TM (1285), contribuiu necessariamente para a alteração da localização do porto fluvial.

TM manterá também uma contenda com o vizinho Concelho de Mós, relacionado com as barcas de passagem, ou melhor, a propósito da obrigação, ou não, deste Município fornecer gratuitamente, do seu pinhal, a madeira necessária para a construção/reparação das barcas do Douro e Sabor.

Com D. Fernando no poder, lamenta-se-lhe TM de se encontrar “menguada de gentes e companhas” e que corria o perigo de vir a ser tomada e de se despovoar, não só por razões da guerra mas de outros grandes encargos que tinha. Lembrava ser um importante ponto estratégico na Região, pois “tem hum porto no rio Douro e barcas en el, a huma Iegua da dita vila no seu termho e se a dita vila da Torre fosse perdida ou gaanhada dos inimigos, o que Deos non queira; embargarssia o dito porto por tal guisa que nestas fronteyras non poderyam por aquel porto aver passagem para myranda, nem para Samora nem para outras partes do meu senhorio, e que a my e aos meos sojeitos seria mui dapnoso”.

Devido às obras da fortaleza de Freixo de Espada à Cinta, João Rodrigues Porto Carreiro, meirinho-mor na Comarca e Correição de Trás-os-Montes, decide que todos os moradores do Concelho de TM deveriam pagar para a construção de um “apartamento da alcaçere” que o rei aí mandara construir, ao que “os Juízes do Concelho e homees boons da Torre de meen corvo" comunicaram de imediato a D. Fernando.

Mais uma vez voltam a sustentar a importância da sua localização para se eximirem da medida, dizendo que tinham “hum porto de passagem no ryo do doiro a huma leugua da dita vylla da Torre e a tres Ieuguas de castella que sempre foy guardado e deffeso pelo concelho da dita villa da Torre e porque he sseu. O qual porto he o melhor e mays chaão e seguro – outro nenhum que aia no dito ryo des a nossa cidade do porto ataa vylla de myranda que he em cabo de nosso reyno, e que o dito porto he tall que cada quer nossa mercee - poderemos aver por ello passagem pera a dita comarca de tras os montes assy em tempo de guerra como de paz para acorrymento e deffensom da dita comarca"; e continuam fazendo a apologia da vila e de seu porto, conseguindo mais uma vez convencer D. Fernando que, em 6 de Março de 1376, acha “por bem e mandamos que elles sseiam escusados de pagarem os ditos dinheiros e de servyrem por nenhuma outra guysa no dito lavor que nos mandamos ffazer no dito logo de ffreixo despada cynta”.

Há referências ainda a um arrendamento efectuado pela Câmara de TM em 1380, onde consta que a “navagem” do porto do Douro devia pertencer ao arrendatário..

Sobre a disputa das barcas, também D. João I tivera de intervir, pois em 1396, julga e decide “que as Barcas, e Navavegagens do Douro, desde o Porto Velho até defronte do Perêdo, pertenciam ao Concelho de Mem-Corvo; não obstante a Petição do Procurador da Sua Real Fazenda”.

O documento mais importante sobre as sucessivas demandas relativas à barca de passagem, encontramo-lo no reinado de D. Afonso V.

É um longo processo de querela, movido por VNFC que acusa TM de lhe haver tirado a barca de passagem que trazia no rio Douro.

O concelho acusado por sua vez, alega a posse da barca há mais de 200 anos (lembra os limites descritos no foral), considerando como seu termo todo o espaço de águas do rio e respectivos portos; que o Concelho autor da demanda se apossara da barca com a força e autoridade do aliado conde de Marialva.

VNFC defende-se, referindo os limites do seu território também segundo o seu foral, alegando ter direito a metade da veia de água; que possuía azenhas no rio; que pusera barca com barqueiro de sua mão, revertendo as rendas da dita barca para o Concelho; que entrara em concorrência na passagem com TM e que estes atacaram “a barca, deles autores. E a quebrarom E furarom y carregaram de pedra e meteram debaixo dagoa”.

Mapa da zona do Pocinho e Vale Meão - 1762


O monarca ouviu e sentenciou, da forma a que já nos habituamos: “que desde o porto velho atae direito do Peredo” TM “ouvesse as rendas e passagem todas”, impondo a VNFC “que tirassem logo fora do Rio a barca e portos della a barca que em elle traziam”.

Mas o século XV não acaba aqui e como tal, faremos ainda referência a um documento de D. Manuel, inserto nos capítulos apresentados nas Cortes de Lisboa, pelo procurador de TM.

Nele se queixa o Concelho de, ao contrário do que era uso, o oficial régio “contador das obras” recusava-se a comparticipar nas despesas efectuadas com a reparação das barcas do Concelho, “huua no rio Doyro. E outra no rio de Sauor”, de cujos rendimentos a Coroa levava a terça.

Estas despesas consistiam apenas na merenda que se comprava para dar aos trabalhadores, pois pela leitura da fonte se depreende que esse serviço era da obrigação dos moradores.

O procurador do Concelho, explicava que “hos moradores da dicta villa vaão cada e quando que cumpre aa dicta barca dar adubios pera as tirarem a monte e a carefetar e repairar de pregaje e caibros e travessas. E pera hos que este travalho de serventia fazem custumarom sempre darem aa custa da renda pam e vinho pera comerem os dictos travalhadares. E sempre hos officiaaes vossos levaram em conta a despeza que se fazia no dicto mantjmento”.

O rei a este capítulo responde que os consertos das referidas barcas se fizesse a dinheiro, que na terça real se não mexesse e que doravante essas reparações passassem a estar salvaguardadas no contrato de arrendamento.



CONCLUSÃO

Como vimos, TM sente desde a primeira hora apetência pelo controle das duas margens do rio Douro.

Essa hegemonia, por um lado, advém dos importantes proventos económicos que o porto do Douro propiciava e por outro, da importância da localização geográfica daquela Vila, como garante da soberania portuguesa em todo esse território localizado entre o Douro e Bragança e Miranda, uma vez que Riba Côa continuava sem definição. Mesmo depois do Tratado de Alcañices, todo esse território era susceptível de cair em qualquer momento em poder dos adversários, por essa razão, tornava-se importante que o porto de acesso à região a norte do Douro estivesse em boas mãos e os monarcas sabiam disso, tanto mais que TM levantara voz pelo Mestre.

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Este texto é uma versão resumida do artigo "O Douro, Vila Nova de Foz Côa e Torre de Moncorvo – Duas margens de alguma conflituosidade na Idade Médiada autoria de CARLOS A. F. d’ABREU e JOSE IGNACIO de la TORRE RODRÍGUEZ publicado no nº 0 da revista CÔAVISÃO no ano de 1998.
http://www.arte-coa.pt/Ficheiros/Bibliografia/1178/1178.pt.pdf


Nota:
Em relação ao artigo publicado na CÔAVISÃO, foram adicionadas as imagens e feitas pequenas alterações ao texto para permitir a ligação entre as partes que se pretendeu publicar.


Fontes das imagens:
Blogue Farrapos de Memória (http://lelodemoncorvo.blogspot.com/)
Repositório Temático da Universidade do Porto (http://repositorio-tematico.up.pt/)
Livro Cartografía Histórica Portuguesa - Catálogo de Manuscritos (Siglos XVII y XVIII) de Carmen Manso Porto

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