Não tem um caminho fácil para lá chegar, mas vale a pena o incómodo de alguns solavancos. Saindo de Muxagata, um dos pontos de partida para a visita às gravuras do Vale do Côa, sobem-se e descem-se montes e valados de uma paisagem estéril e pedregosa. De repente, num topo, tem-se a visão paradisíaca de um vale fértil e verde. É a Quinta da Ervamoira, pertença da empresa Ramos Pinto. A história começou em 1974, quando António Ramos Pinto Rosas decidiu procurar uma quinta em terreno pouco acidentado que permitisse a mecanização. Encontrou e adquiriu a Quinta de Santa Maria, que rebaptizou de Ervamoira, nome de uma erva bravia que cresce naqueles montes.
Dois anos depois deu início ao projecto de plantação com o auxílio do sobrinho João Nicolau de Almeida, dividindo a quinta em talhões e colocando em cada um uma casta diferente.
Foi o primeiro projecto do Douro a ser plantado ao alto e por talhões, sem as castas misturadas.
A Quinta de Ervamoira localiza-se na região do Douro, sub-região do Douro Superior, na freguesia de Muxagata, Vila Nova de Foz Côa. São 200 hectares de área total, dos quais 150 de vinha, apenas 10% de castas brancas. Dos restantes 90%, 16% pertencem à casta Tinta Barroca, 23% à Touriga Nacional, 13% à Touriga Franca, 13% à Tinta Roriz, 10% à Tinta da Barca e 15% de mistura. É com as uvas desta quinta e da Quinta dos Bons Ares que se faz o vinho Duas Quintas.
Salvou-se de morrer afogada
Com o início da construção da barragem do Côa, a Quinta de Ervamoira correu o risco de ser submersa. A descoberta das gravuras rupestres do Vale do Côa acabou por ditar a paragem das obras, em 1996.
A Ervamoira sobreviveu. Durante o plantio da vinha apareceram vestígios paleolíticos, romanos e medievais de ocupações anteriores. Estes foram reunidos num simpático Museu de Sítio de Ervamoira. Para comemorar os dez anos da paragem das obras da barragem foi lançado em 2006 o Duas Quintas Celebração, um blend de vinhos de vários anos.
Num planalto bem junto ao rio Douro
Plantou Deus com ternura e com amor
Um povo que é também um miradouro
P’ra quem lança os seus olhos em redor
Vila Nova de Foz Côa é sua graça
Terra de gente boa e lutadora
Que sempre demonstrou que a sua raça
É de muitos louvores merecedora
Tem história esta terra de meus pais
Onde eu tive a ventura de nascer
Povoada por artistas ancestrais
Cujas artes ora estão a aparecer
As figuras rupestres que gravaram
Os artistas que habitavam esta terra
São herança eterna em que deixaram
A riqueza e o prestígio que ela encerra
Também artes mais recentes testemunham
O valor do trabalho destas gentes
Ante as necessidades que se impunham
P’ra chegarmos a outros continentes
As nossas caravelas precisavam
Muitas cordas para as velas desfraldar
Em Foz Côa a indústria iniciavam
Fabricando muitas cordas sem parar
Já antes D. Dinis reconhecera
Que Foz Côa era terra magistral
Confirmou todos os dados que tivera
E deu-lhe a sua carta de foral
Terra agrícola, embora artesanal
Tem na vinha o seu produto mais famoso
Dos socalcos na paisagem natural
Sai o bom vinho do Porto generoso
Às portas da primavera, mil amores
Florescem amendoeiras seculares
Vestem-se os montes de mil cores
E aparecem os turistas aos milhares
Já era uma vila prazenteira
Foz Côa revestida de cidade
Mas passou em belíssima maneira
De famosa Capital da Amendoeira
A Património Mundial da Humanidade
2011 é o ano de arranque do CINECOA – 1º Festival Internacional de Cinema de Foz Côa.
A primeira edição do festival é uma verdadeira celebração do vasto território que é o Douro Superior, com a exibição de mais de 20 filmes, 10 dos quais rodados na região.
CINECOA destina-se a ser uma manifestação cinematográfica de projecção internacional e concentrará este ano a sua programação em filmes portugueses de grande qualidade, dos primórdios do cinema aos nossos dias.
Manoel de Oliveira e António Reis juntam-se assim a outras figuras incontornáveis da literatura portuguesa, como Miguel Torga, Teixeira de Pascoaes e Guerra Junqueiro que sublimemente invocaram este território mágico e inspirador, e que aqui queremos homenagear através da exibição das suas obras.
No futuro, um dos principais intuitos do festival é promover encontros com protagonistas reconhecidos de várias áreas: cineastas, músicos, escritores, arquitectos, historiadores – e abrir a discussão sobre temáticas que digam respeito à criação artística e às políticas culturais, como pólos de reflexão, desenvolvimento e aprendizagem.
Várias personalidades marcarão presença na primeira edição do CINECOA: a actriz Ludivine Sagnier e o cineasta e argumentista Jacques Fieschi a quem oferecemos cartas brancas para a escolha de filmes; o pianista Bernardo Sassetti e a cantora Filipa Pais que interpretarão música ao vivo durante a projecção do clássico português Maria do Mar de Leitão de Barros; o presidente do Institut Lumière em Lyon que apresentará uma sessão Lumière, os irmãos pioneiros do cinema.
A ideia de partida para o festival é clara: permitir a todos os públicos um contacto directo com as mais diversificadas cinematografias do mundo e promover o cinema e o seu património no âmbito contemporâneo.
Os nossos antepassados pré-históricos sabiam contar narrativas complexas utilizando pinturas e gravuras rupestres e representar o movimento dos animais. Terão sido os primeiros cineastas?
A arte rupestre desenvolveu-se há entre 32 mil e 15 mil anos atrás, em toda a Europa ocidental, desde o Cáucaso a Portugal. Foi sobretudo em cavernas, mas também em algumas zonas a descoberto, como no Vale do Côa.
Os cientistas que estudam estas manifestações artísticas continuam impressionados com a perfeição técnica dos pintores e o seu apurado sentido de observação em relação aos animais que desenhavam (cavalos, bisontes e bovídeos).
Muito recentemente, uma nova hipótese sobre a arte rupestre faz mais uma vez progredir a nossa visão sobre o assunto: os artistas da pré-história não só teriam inventado a pintura e a gravura há mais de 30 mil anos, como também saberiam representar o movimento e conheceriam a técnica da animação... Além disso, teriam mesmo inventado um antepassado do animatógrafo! Esta hipótese surpreendente acerca de uma origem pré-histórica do cinema foi avançada pelo cientista francês Marc Azéma, que faz parte da equipa que estuda a gruta de Chauvet, na região francesa de Ardèche, no Sul do país: “Ao longo da minha investigação das grutas pintadas, descobri que os artistas representavam imagens animadas e não fixas, e que contavam cenas complexas, com sequências sucessivas e um sentido de leitura, como na banda desenhada ou no cinema dos nossos dias.”
Documentários em pedra
Na continuação da sua pesquisa, analisando no computador as fotografias das pinturas e gravuras tiradas nas grutas, Marc Azéma descobriu a maneira como as imagens eram animadas e confirmou, pouco a pouco, a sua primeira intuição: “Descobri que 41 por cento dos animais representados na arte rupestre em França eram reproduzidos numa situação activa correspondente a um comportamento bem determinado, como a emboscada, a pré-cópula ou a submissão. Através dessas acções, os pintores produziram verdadeiros documentários sobre animais nas paredes da gruta, numa sucessão de painéis e com um sentido de leitura, como na banda desenhada.”
Outra importante descoberta realizada ao longo das prolongadas estadas na obscuridade desses santuários pintados: os artistas tiveram a ideia, genial, de sobrepôr várias imagens muito semelhantes para representar o movimento do animal. Assim, na gruta de Chauvet, existe um bisonte que está representado com oito patas, em vez de quatro: “Temos a impressão de que ele galopa na parede, sobretudo nas condições especiais dessa gruta, na penumbra e com a iluminação trémula das tochas. Em França, 53 figuras em doze grutas pintadas utilizam esse método gráfico, que implica sobretudo os movimentos das patas e as deslocações rápidas (trote, galope), mas por vezes também o movimento da cabeça, e algumas vezes da cauda.”
Porém, foi em Portugal, no vale do Côa, que a técnica foi utilizada na sua forma mais aperfeiçoada. O Vale do Côa é uma das mais importantes jazidas mundiais de arte rupestre, a maior colecção destas manifestações pré-históricas realizadas ao ar livre.
Foram ali encontrados cinco dezenas de núcleos de arte rupestre que se estendem ao longo de 17 quilómetros, junto à confluência do Côa com o Douro. No vale do Côa existem milhares de gravuras pré-históricas, a maior parte datando do Paleolítico superior (há mais de dez mil anos atrás anos). A arte do Côa foi classificada pela UNESCO, em 1998, por ser “uma ilustração excepcional do desenvolvimento repentino do génio criador, na alvorada do desenvolvimento cultural humano, demonstrando, de forma excepcional, a vida social, económica e espiritual do primeiro antepassado da humanidade”.
Entre as Gravuras do Côa, os investigadores identificaram a técnica de sobreposição e justaposição de imagens em muitas cenas gravadas na pedra. Aparece, por exemplo, na figura da cabra montês da rocha 3 da Quinta da Barca, cuja cabeça está orientada em duas direcções diferentes. “Mas há muitos outros exemplos representativos de animação na arte paleolítica conservada ao ar livre no vale do Côa (...) por exemplo, no sítio de Fariseu, esta técnica foi utilizada em várias das 94 figuras da rocha 1, como cavalos e touros selvagens.
Do estudo da sobreposição das várias camadas de imagens e a partir de datas obtidas a partir de diversos métodos, entre os quais o carbono-14, ficou demonstrado que essas gravuras datam pelo menos de há 18.400 anos. Isto significa que as representações do movimento no Vale do Côa são anteriores ao Madgalenense, período em que aparecem com mais frequência nas grutas e em suportes mobiliários na Europa, e datam provavelmente do Gravetense.”
No torneio inscreveram-se 18 equipas, 10 para a Sueca e 8 para o Chincalhão.
No torneio da Sueca foram finalistas os Bombeiros Voluntários de Foz Côa (vencedores) e o Núcleo do SCP de Foz Côa.
No torneio de Chincalhão saiu vencedora a casa do Benfica de Vila Nova de Foz Côa que, na final, levou a melhor sobre a equipa representativa dos Bombeiros Voluntários de Foz Côa.
A Associação dos Amigos do Concelho, "Foz Côa Friends", agradece aos Bombeiros Voluntários de Foz Côa, ao Café Baltazar (Doc), ao núcleo do SCP de Foz Côa e à casa do SLB de Foz Côa a gentileza com que cederam as suas instalações para realização destes torneios. Este agradecimento é extensível a todas as equipas participantes que competiram em representação de vários estabelecimentos comerciais de Vila Nova de Foz Côa.
Exposição de Arte Sacra, dando a conhecer algumas das riquezas existentes nas comunidades paroquiais de Vila Nova de Foz Côa, Santo Amaro e Mós. Uma mais valia para toda a Comunidade e para quem nos visita.
Estará patente no Centro Interpretativo de Numão, até o dia 30 de Setembro a exposição sobre a vida e a obra de Miguel Torga, trata-se do projecto “ O Douro nos caminhos da Literatura” cuja concepção e execução é da responsabilidade da Direcção Regional de Cultura do Norte tem como tema central o património literário da região duriense, em particular aquele que tem vindo a ser criado pelos escritor, com relevo no panorama da história da Literatura Portuguesa, que teve as suas raízes de nascimento e de vida na região do Alto Douro Vinhateiro.
As encostas do Douro cobertas de xisto eram um fascínio para Miguel Torga. Criado muito perto do rio e de uma aldeia onde os seus moradores cavavam terras xistosas e pisavam a uva colhida no mesmo tipo de formação geológica, o escritor via nessas rochas uma das principais razões para a suprema qualidade do vinho do Porto. Para Torga, esse vinho fino tinha, para além de uma grandeza que o obrigava a servir aos amigos com um grande ritual, o sofrimento de muitas gerações de trabalhadores.
Uma exposição onde se retrata a vida deste escritor que nunca abandonou as suas raízes e as suas ideologias. Venha conhecer o melhor destes dois mundos: Miguel Torga e o Douro
Horário: terça a sexta: 14h às 18h Sábado e Domingo: 10h-18h Entrada Gratuíta
Pelo terceiro ano consecutivo Vila Nova de Foz Côa dá início à preparação da Selecção Nacional Sub 17 de Hóquei em Patins com vista à conquista do Campeonato da Europa.
Integrado nessa preparação, no dia 18 (quinta-feira) pelas 21 horas, realizar-se-á um jogo de hóquei em patins no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, assim pedimos a vossa presença para que possamos demonstrar todo o nosso apoio à selecção.
António Jorge Guerra Jerónimo (Prof.) Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa Divisão de Educação Cultura e Desporto
Não poderíamos deixar de publicamente, dar conhecimento de tão amabilíssima mensagem do Professor José Manuel Campos (Presidente da Junta de Foios).
Este seu gesto, de enorme “carinho” e amizade, deixou-nos a todos muito sensibilizados.
Os nossos sinceros agradecimentos.
(Amigos do Concelho “Foz Côa Friends”)
José Manuel Campos
Caros amigos da Foz- Côa Friends
Nos últimos dias tenho visitado e explorado o V. Blogue e confesso que fiquei maravilhado.
De todos os blogues que conheço é, provavelmente, o mais bem organizado e também muito pedagógico e esclarecedor.
A reportagem que fizeram quando da vinda à “Casa do Castelo” e aos Foios está de se lhe tirar o chapéu.
Divulgaram, ao mais alto nível, a Casa da Incansável Talinha, a Serra das Mesas e a Nascente do querido e amado rio Côa.
Tenho que dizer, alto e em bom som, que a delegação que se deslocou até nós foi mesmo de alto nível. Verifiquei em, todos os elementos, muita vontade muito querer e muita união. Parabéns.
Temos que nos juntar, de novo, e começar a elaborar um plano de actividades. Agora que já vamos conhecendo o terreno começa a ser tempo da sementeira.
Deixemos passar o mês de Agosto e depois toca de arregaçar as mangas.
Como é V. conhecimento tanto Foios como Vila Nova de Foz Côa são autarquias associadas no Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial – A.E.C.T Duero -Douro. Julgo poder ser também uma via a explorar visto que lhes foi aprovado um projecto designado por “Frontera Natural”.
Na próxima reunião deverão estar também presentes os Senhores Presidentes dos nossos dois Municípios, Presidentes de Junta, Director do AECT, Alcalde de Navasfrias e outras personalidades que entendamos por conveniente.
Fico então por aqui.
Um abraço do tamanho da Nascente até à Foz do Côa
José Manuel Campos
Realizou-se esta noite (6-8-2011) o evento "Noites do Parque" na capela de Santa Bárbara situada no Parque da Lameira.
O evento, organizado pela Fozcôactiva, reuniu vozes Fozcoenses que cantaram o Fado de forma apaixonada e apaixonante.
A noite, apesar de um pouco ventosa no final, proporcionou uma excelente oportunidade de divulgação de alguns dos inúmeros talentos que o nosso concelho tem.
António Aleixo
Fernando Sequeira
Helena Silva
Fernando Trabulo
José Jaime
Adérito Casal
Eduardo Vicente
A plateia ouviu, embevecida, cada palavra das vozes presentes e cada um dos acordes habilmente trinados pelos guitarristas que as acompanhavam.
Manuel dos Santos (guitarra)
António Cardoso (viola)
O Parque da Lameira, local pouco utilizado pela população de Foz Côa, encheu e rejubilou de alegria por ver os Fozcoenses perto dele. Fica à espera de novas visitas!
Foi uma noite bem passada que desvendou mais um dos muitos encantos da nossa terra.
Fotografia da autoria “Foz Côa Friends”, não incluída no artigo do DN
Eládio Clímaco
O Douro é a região “que nos entra pela alma”
Tal como diz Miguel Torga, o Douro é a região “que nos entra pela alma”. A associação foi feita por Eládio Clímaco.
O rio homónimo e os socalcos compõem o emblema paisagístico da zona, onde desde há séculos se fermentam alguns dos mais apreciados vinhos portugueses, que "competem com os bons vinhos europeus”.
“O vinho é para mim um acto cultural, onde está naturalmente muito presente a mão do Homem, mas também a Natureza."
De colheita e laboração no Dão, nas Beiras, na Estremadura, no Alentejo ou no Algarve, segundo Carlos do Carmo é sempre possível encontrar bons vinhos, quando bem trabalhada essa relação homem-natureza.
Mas há uma região em particular que produz o vinho cuja referência considera incontornável - o Douro, que é "onde está a grande nobreza do vinho”, onde “a natureza é pródiga” e “gente bonita” vindima com gosto.
Há muito que se ouvia o Rio Côa implorar o achegamento das suas gentes, felizmente, foram muitos os que ouviram tão legítimo apelo.
O Rio Côa, no dia 23 de Abril enviou-nos um sinal muito forte deste seu desejo, fê-lo através da Natália Bispo e do seu marido Romeu, proprietários da “Casa do Castelo” sita no Sabugal. Nesse dia foram os verdadeiros mensageiros da nascente, fazendo chegar às gentes de Foz Côa o excelente líquido, límpido e fresco da sua nascente, sem que este tivesse que palmilhar o lindíssimo leito, mas também agreste e cansativo.
Foi uma enorme surpresa constatar que, apesar dos mais de 100 km que separam Foz Côa do Sabugal, a força e energia que brotam da nascente do Côa estavam presentes. Essa força e energia estiveram bem patentes nas palavras de solidariedade e apreço para com a nossa causa e Concelho que esta nossa amiga fez questão de expressar. Nesse dia caminhámos com a Natália, lado a lado, pela linha férrea, durante algumas centenas de metros. Aqui e ali, ela colocava questões sobre diversos temas relativos à linha e ao nosso Concelho. Nas suas palavras notava-se a curiosidade e solidariedade. A certo ponto, fizemos uma breve pausa na caminhada para que ela pudesse recolher um dos inúmeros parafusos, daqueles que eram usados para fixação dos carris às travessas. Disse que era para recordação.
Os Amigos do Concelho “Foz Côa Friends”, sensibilizados por este episódio, considerando que esta coincidência não é fruto do acaso, começaram por auscultar as diversas entidades a fim de conhecerem a sua receptividade a uma futura “geminação” entre a Nasceste e a Foz do Rio Côa.
Todos acolheram a ideia com entusiasmo e realismo, considerando que este projecto constituiria um significativo e estimulante exemplo ao estabelecer laços de cooperação, económicos e culturais.
A Associação dos Amigos do Concelho “Foz Côa Friends”, apenas se limitou a agilizar e facilitar esta aproximação, no dia 23 de Julho fez deslocar ao Sabugal “Casa do Castelo”, alguns dos seus membros, que mais não fizeram do que servirem de meros mensageiros (de boas noticias).
A manhã estava bonita. O céu azul e o sol brilhante convidavam a uma viagem em ritmo de passeio. Foi o que fizemos. Tomámos o caminho até Figueira de Castelo Rodrigo. Daí seguimos por Almeida, Vilar Formoso e Aldeia da Ponte até ao Sabugal. Foi uma viagem muito agradável que nos permitiu conhecer mais alguns recantos do nosso País.
Chegados ao Sabugal, dirigimo-nos de imediato a casa da nossa amiga Natália, a “Casa do Castelo”.
Nesta casa respira-se tradição e cultura. É a combinação perfeita de um museu em miniatura, loja de artesanato, biblioteca e loja gourmet. Trata-se de um espaço muito acolhedor que nos fez sentir, de imediato, em casa. Nota-se um cuidado muito grande na selecção dos artigos e produtos. Num espaço pequeno ficamos com uma ideia do que o Concelho do Sabugal tem para oferecer aos seus visitantes.
Outro aspecto que chamou a nossa atenção foi o cuidado que houve em preservar os vestígios Romanos e Judaicos encontrados durante a reconstrução da casa.
Lá encontrámos o parafuso que a Natália havia recolhido durante o passeio pedonal em Abril. Embora não tenha servido para juntar o carril à travessa, simboliza agora a união entre a Foz e a Nascente do Côa.
A “Casa do Castelo” está muito bem situada pois tem como vizinho o ex-libris da cidade do Sabugal – o Castelo das Cinco Quinas.
Apesar da “Casa do Castelo” se situar no Sabugal, foi o lugar ideal para que pudéssemos transmitir ao senhor Presidente da Junta de Freguesia de Foios – Professor José Manuel Campos, com tranquilidade e de forma convincente os propósitos que ali nos levaram, tanto que, ali mesmo, recebemos um emocionado, sincero e entusiasmado SIM, da parte do Professor José Manuel Campos, na qualidade de Presidente da Junta de Foios.
O Prof. José Manuel é uma verdadeira enciclopédia viva. Tal como a Natália pelo Sabugal, ele é um apaixonado pela sua aldeia, Foios, que se situa no sopé da Serra das Mesas, nascente do rio Côa.
Seguiu-se a visita ao viveiro de Trutas, Serra das Mesas e Aldeia de Foios relatada pelo Prof. José Manuel Campos neste artigo. Foi um prazer e emoção enormes visitar a nascente do rio Côa, um ténue e discreto fio de água brotando entre as rochas, portador de uma história inigualável.
A Serra das Mesas é um verdadeiro tesouro. Nota-se que houve o cuidado de informar para preservar a biodiversidade. A nível geológico apresenta formações curiosas, em forma de mesas, daí talvez o seu nome.
Sobre a aldeia de Foios deixamos aqui um comentário da amiga Lurdes Osório que, julgamos, sintetiza a opinião de todos os que a visitámos: “Esta aldeia Foios, terra com 400 e poucos habitantes, faz inveja a muitas vilas. Tem um pouco de tudo e cativa as pessoas (jovens e menos jovens). Até tem música. Todos os dias, para todos os gostos. O Prof José Manuel está de parabéns. Força”.
Consideramos que a nossa missão ficou cumprida (mas não concluída), cabendo agora às duas Freguesias dar os passos seguintes, nomeadamente na formalização desta “geminação” com a assinatura do respectivo protocolo.
Agradecimentos:
• Junta de Freguesia de Vila Nova de Foz Côa, em especial ao seu Presidente – Senhor Fernando Fachada
• Junta de Freguesia de Foios, em especial ao Presidente – Professor José Manuel Campos
• Casa do Castelo, em especial à sua proprietária – Natália Bispo
• Câmara Municipal de Foz Côa, em especial – Dr. João Paulo, que amavelmente nos cedeu alguns livros sobre a nossa terra, para que fossem entregues ao Senhor Presidente da Junta de Foios e à Casa do Castelo.
• Coa-Gráfica - Artes Gráficas Lda, que ofereceu as reproduções das fotos em papel.
• Ao amigo Adriano Ferreira pela fotografia que foi impressa e transformada em quadro.
E, por fim, em nome da Associação dos Amigos do Concelho “Foz Côa Friends” uma palavra de apreço a todos os que contribuíram para o início desta caminhada, que se prevê agradável e em boa companhia, que não se pouparam em sinais de empenho e solidariedade.
Foi bom ter-vos por perto.
Resta-nos dizer que fomos recebidos com genuína amizade, sentimo-nos verdadeiramente “em casa”, obrigado a todos.
O dia foi curto para tanto que nos queriam dar, voltaremos com certeza.